Lolita – Vladimir Nabokov 02/04/2009
Posted by admivan in Internet, Leitura.Tags: 15 anos, alma, artes, artista, atriz, calças, Cinema, cinematográfica, clássico, clube do livro, coletiva, consciência, danças, dogmas, Dolly, Dolores, Dolores Haze, Dominique Swain, drama de periferia, drama policial, esculturas, estrutura curiosa, filmagens, filme noir, Filmes, Humbert Humbert, Jeremy Irons, junho, língua, livro, livros, lola, Lolita, louco, músicas, menor, menor de idade, ninfeta, pecado, pervertido, polêmica, psico-erótico, quadros, qualidades literárias, road movie, romance de mistério, sexo, sexual, sexualmente atraente, sucesso, teatros, Vladimir Nabokov, vocabulário
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No clube do livro, este mês, discutiremos o clássico Lolita, de Vladimir Nabokov.
http://clubedolivro.forumbrasil.net/lolita-vladimir-nabokov-f39/
“Lolita, luz da minha vida, fogo da minha virilidade. Pecado meu, alma minha. Lo-li-ta: a ponta da língua empreende uma viagem pelo céu-da-boca e apoia-se, na terceira sílaba, na borda dos dentes. Lo.Li.Ta.
Era Lo, simplesmente, de manhã, um metro e quarenta e oito de estatura com os pés descalços. Era Lola quando vestia calças. Era Dolly na escola. Era Dolores quando assinava. Nos meus braços, porém, era sempre Lolita.”
O sucesso desse livro é tão inacreditávelmente grande, que mesmo quem não leu ( ou nunca ouviu) deste clássico, ao menos conhece a palavra Lolita, que significa “Garotas entre 09 e 14 anos sexualmente atraentes”. Se não conhece Lolita, talvez conheça Ninfeta, que teve origem também nesse livro.
Esses dois termos, Lolita e Ninfeta, se tornaram tão comuns que já fazem parte do vocabulário, tal o sucesso do livro. A polêmica causada pela temática atravessou os séculos, ultrapassou os dogmas, perpetuou-se pela consciência coletiva. Inspirou vários outros filmes, livros, músicas, quadros, esculturas, teatros, danças e todas as outras artes. O próprio personagem principal, Humbert, declara que para reconhecer uma Ninfeta, é necessário ser artista ou louco. Ou ambos.
As duas versões cinematográficas baseadas no livro foram igualmente polêmicas, por terem atrizes menores de idade em cenas eróticas.
Curisidade: Como a atriz Dominique Swain tinha apenas 15 anos durante as filmagens de Lolita e, com isso, era menor de idade, todas as cenas de sexo entre ela e Jeremy Irons tiveram que ser rodadas com um travesseiro separando ambos. Mais de 2500 garotas fizeram testes para interpretar a personagem-título de Lolita.
O romance é narrado em primeira pessoa pelo protagonista, o professor de poesia francesa Humbert Humbert, que se apaixona por Dolores Haze, sua enteada de doze anos e a quem apelida de Lolita. O professor, que já conta com uma certa idade, desde o início se define como um pervertido e aponta como causa um romance traumático em sua juventude.
Mas em função do início chocante, sem dúvida o livro ficou famoso como um dos romances mais polêmicos já publicados, tanto que antes de chegar ao público, foi rejeitado por diversas editoras.
A obra conta com diversas qualidades literárias e uma estrutura curiosa, que pode ser interpretada como uma mistura de diversos estilos cinematográficos: do início psico-erótico típico de um filme europeu, a história passa para um drama de periferia quando o professor vai morar em New Hampshire. Depois a ação lembra um road movie, com uma longa viagem de carro; passa para um romance de mistério, com o enigma de um perseguidor oculto; e no final se torna um drama policial, ao estilo de um filme noir.
“Lolita é um clássico digno de leituras e releituras” Por Clube do Livro